Tornei-me audaz porque não tinha absolutamente nada a perder: nem honras, nem ganhos, nem amigos. Tive de me encontrar a mim mesmo de novo e de depender apenas de mim, porque não podia depender de mais ninguém. A minha forma é a minha solidão.
«Ter este livro nas minhas mãos deu-me uma grande alegria: mais cedo ou mais tarde, as personalidades fortes, como a de Gombrowicz, recebem o merecido reconhecimento graças à absoluta intensidade da sua existência.» Czeslaw Milosz
«O Diário de Gombrowicz não só nos ajuda a viver mas também nos torna mais inteligentes.» Enrique Vila-Matas
«O Diário de Gombrowicz influenciou profundamente as minhas noções de identidade e literatura.» Karl Ove Knausgård
Buenos Aires, 1953. Witold Gombrowicz, polaco exilado cuja consagração era ainda uma miragem, escrevia as primeiras linhas — talvez das mais memoráveis em toda a literatura — deste Diário inclassificável, que só a sua morte interromperia em 1969. Destinadas aos leitores polacos da revista Kultura em Paris, estas crónicas estralejantes sobre uma miríade de temas, em que «cada palavra é escrita contra a corrente» e pura dinamite que rebenta com estrondo ideias feitas, converter-se-iam na magnum opus do autor. Nada sai ileso: o efémero conforto das ideologias, a pequenez dos nacionalismos, o provincianismo literário, a arte politicamente comprometida e a humanidade em geral. No pano de fundo do exílio na Argentina, forçado pela guerra, assomam a magia da pampa, lampejos do quotidiano, a par de vultos como Silvina Ocampo, Jorge Luis Borges e Virgilio Piñera, e traça-se o retrato de uma mente brilhante e insatisfeita, de um iconoclasta e subversor em busca de uma identidade. Proibido pelo regime comunista na Polónia, Diário circulou clandestinamente e apenas em 1989 foi publicado sem os cortes da censura.
Sobre o Autor
Witold Gombrowicz (1904-1969), romancista e dramaturgo, é, a par de Joyce e Kafka, uma das vozes mais originais da literatura do século XX. Passou a infância e a adolescência em Varsóvia, onde estudou Direito a contragosto, estreando-se na escrita com contos e crónicas publicados em jornais nos anos 20. Em 1939, depois da publicação de Ferdydurke (1937) na Polónia, desembarcou na Argentina, onde a guerra o apanhou de surpresa e ele se exilou até 1963. Com parcos recursos e isolado dos seus, foi nesta segunda pátria que escreveu o grosso da sua obra - Transatlântico (1953), nas pausas do trabalho burocrático dum banco em Buenos Aires, Pornografia (1960) e Cosmos (1965) -, debatendo-se com o desinteresse dos círculos literários argentinos e da comunidade polaca expatriada. Mestre da provocação, "implacável caçador de mentiras culturais" segundo Bruno Schulz, brindou-nos com uma personalidade e convicções maiores do que a vida e com uma obra intemporal assente na recusa de espartilhos e convenções.
Continente:
0,000 até 0,999 kg - 4,20
1 kg até 4,999 kg - 4,40
5 kg até 9,999 kg - 4,70
10 kg ate 19,999 kg - 4,85
20 kg até 30 kg - 4,90
Ilhas:
0,000 até 1,999 kg - 10,07
2 kg até 4,999 kg - 11,37
5 kg até 9,999 kg - 13,90
10 kg até 19,999 kg - 21,78
20 kg até 30 kg - 28,53
Europa:
0,000 até 0,999 kg - 8,37
1 kg até 1,999 kg - 10,47
2 kg ate 2,999 kg - 17,57
3 kg até 3,999 kg - 21,26
4 kg até 4,999 kg - 24,95
Resto do Mundo:
0,000 até 0,999 kg - 15,27
1 kg até 1,999 kg - 24,45
2 kg ate 2,999 kg - 42,02
3 kg até 3,999 kg - 54,20
4 kg até 4,999 kg - 66,37
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