Este livro conta a história da queda do Banco Privado Português (BPP), fundado e Presidido por João Rendeiro. Explica como a crise de liquidez dos mercados financeiros em 2008 afetou todos os bancos - mas em particular o BPP - como o Banco de Portugal falhou a sua intervenção, e como a confluência de interesses de José Sócrates e Ricardo Salgado levou eventualmente à falência do BPP. Acusado pelo Banco de Portugal de apresentar “más contas“, por ironia nunca o BPP apresentou Contas nos anos de 2008, 2009 e 2010 em que esteve sob Administração do Banco de Portugal. Passados 12 anos sobre a insolvência não se conhecem as contas da Comissão Liquidatária do banco, apesar dos mais de 100 milhões de custos, e como serão no final ressarcidos os poucos clientes que ainda não receberam a totalidade dos seus valores. Apesar de, desde 2005, João Rendeiro não ter quaisquer funções executivas no BPP, sendo apenas Presidente (não-executivo) acabou Acusado pelo Ministério Publico como se fosse o seu responsável executivo.


Sobre o Autor

João Rendeiro foi pioneiro na bolsa de valores em Portugal. Lançou na década de 80 do século passado os primeiros fundos de tesouraria e fundos nacionais, entre os quais o famoso Capital Portugal, que bateu sucessivos recordes de rendibilidade. Com a venda da Gestifundo ao Banco Totta & Açores, em 1990, ficou milionário, e seis anos mais tarde lançou o Banco Privado Português. Foi accionista do BCP, mesmo com Jardim Gonçalves a dizerlhe durante um almoço que não era bem vindo no banco. João Rendeiro ajudou ainda Belmiro de Azevedo a comprar a Sonae à família Pinto de Magalhães e a Jerónimo Martins a livrar-se dos seus maus negócios.
Apaixonado pela arte criou a Elipse Foundation. A educação foi sempre outra das suas prioridades. Foi fundador da EPIS, associação que reune mais de uma centena de empresários que representavam na altura mais de 30 por cento do PIB português e que se dedica a combater o abandono escolar. João Rendeiro, o banqueiro filho de proprietários de uma sapataria em Campo de Ourique que do nada chegou ao topo do mundo das finanças com negócios em Portugal, Espanha, Brasil e África.