Quando Lisboa ia a banhos é um mergulho na capital do reino de D. Maria II, cidade pitoresca e picaresca, despontando para a modernização e o progresso, arrastando ainda o estigma dos bairros degradados a curta distância da baixa pombalina e do Chiado dos janotas.
É por esta Lisboa de contrastes, do célebre Passeio Público, da recatada zona da Lapa, das casas de meia-porta e das mansardas insalubres, de uma certa aristocracia, das sociedades secretas e dos aguadeiros galegos, num tempo em que os próprios “banhos” estabeleciam uma hierarquia de classe social – é por esta Lisboa tão colorida e matizada que acompanhamos as peripécias de quatro estudantes da Escola Médico-Cirúrgica no último verão enquanto colegas de curso.


Sobre o Autor

Ana Ferreira da Silva nasceu em Lisboa, em maio de 1957.
Licenciada em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina de Lisboa, exerce atualmente funções de anestesista no Hospital das Forças Armadas.
Ouvinte atenta e contadora de histórias desde a infância, cedo começou a transferir para o papel pequenos contos focados no maravilhoso e na fantasia.
Na adolescência começou a germinar no seu espírito o interesse pelo romance histórico, sem que a atração pelo conto e pela poesia tenham diminuído; no entanto, só recentemente começou a publicar as suas obras.
1002.ª noite - A mercadora de sonhos é a primeira obra dedicada ao público juvenil (não pretendendo excluir os adultos que mantêm acesa na alma a lamparina mágica dos sonhos de outros tempos). Escrita num registo semelhante aos contos árabes originais, nela se encontram ressonâncias da antiga cultura que floresceu no sul da Península Ibérica; ao contrário de alguns dos referidos contos, porém, o "final feliz" aproxima?a do registo infantojuvenil mais frequente da atual literatura ocidental.