Ponte Pequim sobre o Tejo é uma distopia que decorre em 2050. O contexto é surpreendente e tudo o que de pior podia acontecer, aconteceu. Nuvens de pó do norte de África pairam sobre o território, não chove há cinco anos, Portugal tornou-se invisível para os satélites, um icebergue desce o Atlântico e acaba por entrar no Tejo, as cidades são pardieiros tomados por gangues de cabeças rapadas e multidões de turbante, tudo em cenário apocalíptico de guerra civil. E isso é o menos: a China construiu a Ponte Pequim sobre o Tejo, ao lado da 25 abril e começa a contruir casinos no Mosteiro dos Jerónimos, na Torre de Belém, no Castelo de S. Jorge, etc. Tudo desemboca num colapso comercial e na perda de valores de referência, até na ridicularização dos símbolos da arquitectura e na imponência dos regimes que nos governaram ao longo dos tempos. Essa presença é também militar, a frota chinesa está no Tejo, apoia-se em bases aeronavais como as Lajes, estamos na iminência de um confronto com os EUA, desembarcam tanques que percorrem Lisboa, uma cidade muralhada e degradada. Organizando a sua vertiginosa trama numa célere sucessão de dias a escrita violentamente poética de António Castro ganha nesta Ponte Pequim sobre o Tejo um novo rigor febril e uma exuberância ditada por um imperativo de urgência profética. Numa narrativa que se estende por mais de quatro gerações e tem como chão o planeta inteiro, esta obra conduz os leitores pelos
labirintos e segredos da condição humana devastada pela cegueira da vitoriosa guerra de séculos de modernidade tecnológica contra a Terra, a nossa frágil e bela pátria cósmica.
Sobre o Autor
António Castro nasceu em Angola, no Bongo Lépi, em 1951. Entre 1969 e 1971 publicou alguns contos no jornal ABC de Angola, um dos quais foi premiado pela Câmara Municipal de Luanda. Publicou o livro de poesia Eu, a minha terra e a minha gente. Em 1974, publicou Canções clandestinas da revolta latente (poesia). Livros do autor publicados em Portugal: Houve mesmo um Dia de Desespero em Que Se Cultivaram Campos de Cicuta (1985, Caminho – poesia) As Planícies donde Vim (1987, Caminho – poesia) A Especiaria (2007, Guerra e Paz – romance), Tambwe – A Unha do Leão (2011, Gradiva - romance) Coleccionadores de Sonhos (2017, Gradiva - romance).
Coleccionadores de Sonhos foi semifinalista do Prémio Oceanos 2018.
Continente:
0,000 até 0,999 kg - 4,20
1 kg até 4,999 kg - 4,40
5 kg até 9,999 kg - 4,70
10 kg ate 19,999 kg - 4,85
20 kg até 30 kg - 4,90
Ilhas:
0,000 até 1,999 kg - 10,07
2 kg até 4,999 kg - 11,37
5 kg até 9,999 kg - 13,90
10 kg até 19,999 kg - 21,78
20 kg até 30 kg - 28,53
Europa:
0,000 até 0,999 kg - 8,37
1 kg até 1,999 kg - 10,47
2 kg ate 2,999 kg - 17,57
3 kg até 3,999 kg - 21,26
4 kg até 4,999 kg - 24,95
Resto do Mundo:
0,000 até 0,999 kg - 15,27
1 kg até 1,999 kg - 24,45
2 kg ate 2,999 kg - 42,02
3 kg até 3,999 kg - 54,20
4 kg até 4,999 kg - 66,37
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