Do 25 de Abril à Independência
O MFA em Moçambique iniciou a sua actividade logo em 26 de Abril com uma carta enviada às Comissões Regionais encimada pela letra da canção “Grândola Vila Morena”, que dava informações sobre a situação em Lisboa, tecia louvores ao golpe de Estado e augurava o encontro de soluções para os problemas de Moçambique. Ficava, assim, no vago, sem avançar com qualquer ideia, evitando o risco de ser logo rejeitada e que acabasse por dividir os homens do Movimento.
A primeira reunião do MFA foi na messe de Nampula, no dia 27 de Abril, e correu mal. Pela simples razão de que os homens do MFA não tinham respostas para as perguntas pertinentes que foram colocadas.
Cabe aqui dizer ainda que o MFA em Moçambique não assumiu nenhuma prova de força que lhe conferisse o poder indispensável para intervir na ordem das coisas. Não impôs a demissão de ninguém, não avançou com um programa de medidas imediatas, limitando-se a pôr questões para Lisboa e esperar que viessem as respostas. Que não vieram, ou que vieram já muito tarde. As suas circunstâncias não lhe permitiram essa ousadia.
A Revolução ainda nem começou, insistia o João.
Passam agora 45 anos dos factos que relato neste livro. Falo de uma experiência que a poucos foi dado viver.
Como membro do MFA, neste caso de Moçambique, tive o privilégio de participar num processo intenso e delicado, acompanhando a transferência da soberania de Portugal para o novo poder moçambicano, assumido pela FRELIMO. Foi uma oportunidade que não quis deixar de viver, quando talvez tivesse sido mais fácil regressar a Portugal e participar num outro processo, também intenso, no meu país.
Não me pareceu, contudo, adequado à minha condição de militar e membro do MFA furtar-me a uma situação que outros meus camaradas assumiam e mesmo iniciavam, ainda enviados de Portugal (…)
Terminámos inquietos, mas conscientes do nosso esforço, da nossa participação, esperançados de que, passada a tormenta, melhores dias viriam, e que as relações de Portugal e Moçambique, enquanto países iguais, seriam no futuro promissoras e fraternais.
Sobre o Autor
ANICETO AFONSO é coronel do Exército, na situação de Reforma. Natural de Vinhais, fez comissões militares em Angola (1969-1971) e em Moçambique (1973-1975). Foi membro do Movimento dos Capitães em Moçambique e integrou a Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas neste território desde o 25 de Abril até à independência, em 25 de junho de 1975.
Concluiu a licenciatura em História em 1980 e o mestrado em História Contemporânea de Portugal em 1990, na Faculdade de Letras de Lisboa. É sócio fundador da Associação 25 de Abril, membro da Comissão Portuguesa de História Militar e investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa.
Tem publicado artigos e livros relacionados com a Grande Guerra e a Guerra Colonial, sendo de destacar uma memória sobre o período anterior ao 25 de Abril em Moçambique (O Meu Avô Africano, Lisboa, Casa das Letras, 2009), que estabelece ligação com o livro que agora se apresenta, O MFA em Moçambique – do 25 de Abril à Independência.
Continente:
0,000 até 0,999 kg - 4,20
1 kg até 4,999 kg - 4,40
5 kg até 9,999 kg - 4,70
10 kg ate 19,999 kg - 4,85
20 kg até 30 kg - 4,90
Ilhas:
0,000 até 1,999 kg - 10,07
2 kg até 4,999 kg - 11,37
5 kg até 9,999 kg - 13,90
10 kg até 19,999 kg - 21,78
20 kg até 30 kg - 28,53
Europa:
0,000 até 0,999 kg - 8,37
1 kg até 1,999 kg - 10,47
2 kg ate 2,999 kg - 17,57
3 kg até 3,999 kg - 21,26
4 kg até 4,999 kg - 24,95
Resto do Mundo:
0,000 até 0,999 kg - 15,27
1 kg até 1,999 kg - 24,45
2 kg ate 2,999 kg - 42,02
3 kg até 3,999 kg - 54,20
4 kg até 4,999 kg - 66,37
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