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O Marinheiro de Fernando Pessoa - Heranças Clássicas no “Drama Estático”


15.00


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Categoria: LITERATURA \ ENSAIO
ISBN: 9789896898007
Editora: Edições Colibri
Autor: Thiago Sogayar Bechara
Edição: 11-2018
Páginas: 200
Encadernação: Capa mole
Dimensões: 160 x 230 x 14 mm
Peso: 0,354 (Kg)

Toda pátria, hoje sei, é também uma espécie disfarçada de argonauta. Como todo navio hasteia pelas vagas o sabor pátrio da sua bandeira. Como Odisseu não cessou de buscar regresso até sua Ítaca; como Eneias errou pelos mares até cumprir seu destino de fundar como Roma sua nova Tróia; como Vasco da Gama navegou para além da Taprobana que era o limite conhecido também das nossas almas; como o marinheiro da peça de Pessoa é modo de recriação onírica de uma nação em vias de se refundar, por sermos todos, ante a perspectiva da morte, pátrias inteiras sempre em busca de ressurreição na esperança baldada de compreender algo sobre o porquê de cá estarmos antes do naufrágio; como cruzei anônimo o Atlântico, também em busca de orientes, na terra de Amália – que também esta cumpriu Portugal, não num idealizado Quinto Império, mas na sua maneira concreta e eterna de fundir à voz o sentir profundo do seu povo, “que lava no rio”. Povo do qual Camões e Pessoa fazem parte soberanamente. E também lavam. Assim como a cada renascimento de nós, pomo-nos a velar nossos simbolismos já defuntos, e a velejar por pátrias totalmente reinauguradas após ganharmos e perdermos guerras – assim também se deu este livro.
Sair do meu país para achar cá também a minha raiz é o mesmo que navegar do estatismo para o centro tectônico do movimento. 1755 particular. Do acomodado para o felizmente incomodado que me abala a cada dia as certezas e treina, com sismos, meu eixo de equilíbrio. Pelos conceitos de drama e páthos, tragicidade clássica e moderna, estático e extático e pela tensão vibrante gerada pela inevitabilidade de perguntas irrespondíveis – perguntas sagradamente malditas do Homem desde que sua consciência de si próprio fê-lo digno desse estatuto –, pude mergulhar como em tempos sonhava ter ensejo de fazer na homérica e “supracamoniana” obra desta pedra de Lisboa que foi e segue sendo Fernando Pessoa.


Sobre o Autor

THIAGO SOGAYAR BECHARA (1987-). Brasileiro de nascença e lisboeta de alma, Thiago estreou-se em livro aos quinze anos e esta é sua 13.ª “obra- solo”. Trafegando por distintos gêneros, lançou em 2018 o livro-catálogo de fotos e poemas Portugal: à luz das origens que integrou a exposição fotográfica itinerante fomentada pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Jornalista Cultural, foi apresentador e assessor de imprensa; é Mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com a tese que ora se edita, e doutorando em Estudos Portugueses e Românicos pela mesma instituição, com investigação sobre as marcas clássicas e trágicas na lírica do Fado, além de cantá-lo em retiros típicos amadoramente, tendo privado da amizade de personalidades como a fadista Celeste Rodrigues, para quem compôs a convite da própria. Em 2014, integrou o grupo de investigações dramatúrgicas fundado pela atriz brasileira Regina Duarte, e em 2015 falou mais alto seu amor por Lisboa, onde vive desde então. [www.thiagobechara.com.br]

Continente:

0,000 até 0,999 kg - 4,20

1 kg até 4,999 kg - 4,40

5 kg até 9,999 kg - 4,70

10 kg ate 19,999 kg - 4,85

20 kg até 30 kg - 4,90

 

Ilhas:

0,000 até 1,999 kg - 10,07

2 kg até 4,999 kg - 11,37

5 kg até 9,999 kg - 13,90

10 kg até 19,999 kg - 21,78

20 kg até 30 kg - 28,53

 

Europa:

0,000 até 0,999 kg - 8,37

1 kg até 1,999 kg - 10,47

2 kg ate 2,999 kg - 17,57

3 kg até 3,999 kg - 21,26

4 kg até 4,999 kg - 24,95

 

Resto do Mundo:

0,000 até 0,999 kg - 15,27

1 kg até 1,999 kg - 24,45

2 kg ate 2,999 kg - 42,02

3 kg até 3,999 kg - 54,20

4 kg até 4,999 kg - 66,37

 

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