Identidades mestiças nos confins da expansão portuguesa
António Manuel Hespanha alcança neste livro um feito singular: conta uma história que todos conhecemos — a da expansão portuguesa — segundo uma perspectiva até aqui largamente ignorada. É a perspectiva dos portugueses e seus descendentes que, nos territórios longínquos da expansão, se desviaram da rede do «império formal» para integrarem as sociedades indígenas locais. Será que nessas comunidades — em África, na América, no Oriente — estes mestiços eram de facto portugueses? Carregariam consigo memórias, sentimentos, valores e traços culturais que se pudessem relacionar com Portugal? E em tais lugares remotos, fora do controlo da coroa, que visão tinham deles as populações nativas e os estrangeiros «concorrentes»?
Filhos da Terra reconfigura os termos da análise historiográfica e mostra-nos que há uma versão mais rica e policromática da expansão portuguesa: a da história social, das pessoas comuns. Partindo das fontes da época, e fugindo a elementos míticos e envolvimentos emocionais, somos levados a questionar as identidades destes «portugueses» e, com isso, a exercer escrutínio crítico sobre um lugar-comum do nacionalismo português: o carácter «ecológico», aberto e univ
Sobre o Autor
António Manuel Hespanha nasceu em Coimbra, em 1945. Embora licenciado em Direito, fez toda a sua carreira ensinando e escrevendo história. A sua tese de doutoramento — As Vésperas do Leviathan, 1986 —, dedicada ao sistema de poderes das monarquias tradicionais europeias, renovou a historiografia sobre a época, realçando a multiplicidade de corpos políticos, de imagens identitárias, de direitos e modos de dominar típicos da época. Essa imagem pluralista do poder tradicional — que estrutura também os volumes que dirigiu na História de Portugal e na História Militar de Portugal (Círculo de Leitores) e que deixou marcas nos seus estudos sobre o século XIX, nomeadamente, Guiando a Mão Invisível, 2004 — subjaz também a Filhos da Terra, em que o «império» é substituído por uma constelação de grupos, de identidades mutáveis e imprecisas. Mesmo nos livros de teoria do direito que publicou (O Caleidola , 2009, Pluralismo Jurídico e Direito Democrático, 2013, e , 2018) esta sensibilidade à pluralidade de mecanismos não estaduais de governar é o principal traço da sua originalidade.
Continente:
0,000 até 0,999 kg - 4,20
1 kg até 4,999 kg - 4,40
5 kg até 9,999 kg - 4,70
10 kg ate 19,999 kg - 4,85
20 kg até 30 kg - 4,90
Ilhas:
0,000 até 1,999 kg - 10,07
2 kg até 4,999 kg - 11,37
5 kg até 9,999 kg - 13,90
10 kg até 19,999 kg - 21,78
20 kg até 30 kg - 28,53
Europa:
0,000 até 0,999 kg - 8,37
1 kg até 1,999 kg - 10,47
2 kg ate 2,999 kg - 17,57
3 kg até 3,999 kg - 21,26
4 kg até 4,999 kg - 24,95
Resto do Mundo:
0,000 até 0,999 kg - 15,27
1 kg até 1,999 kg - 24,45
2 kg ate 2,999 kg - 42,02
3 kg até 3,999 kg - 54,20
4 kg até 4,999 kg - 66,37
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