Este livro versa sobre uma força especial indígena, conhecida como “Flechas”, que foi criada em 1966 em resposta a uma necessidade de recolha de informações de interesse político-militar no Leste de Angola.
Os “Flechas” foram inicialmente recrutados na população da milenária raça Bosquímano de caçadores-coletores, habitantes das planícies e savanas do Leste de Angola, Namíbia e deserto do Karoo, muito antes da chegada dos africanos de raça Banto. De pequena estatura, cor da pele acastanhada e com rostos de aparência asiática, o seu modo de atuação em operações de reconhecimento independentes era pautado pelo espartanismo e a discrição. Essas missões consistiam em patrulhas de longo raio de ação, com penetração profunda em áreas inimigas conhecidas ou suspeitas. Revelaram igualmente grande competência em operações conjuntas com forças terrestres regulares. Nessas missões, respondiam não apenas à PIDE/DGS, que os criou e com quem estavam integrados como organização paramilitar, mas também ao comandante local do Exército que os empregava pelos seus superiores dotes de pisteiros e batedores silenciosos, para guiar forças regulares.
Organizavam-se em grupos de combate em moldes idênticos aos das unidades do Exército, nunca excedendo os 30 homens. Uniformizados, recebiam um intenso treino específico de utilidade militar e mais tarde de tiro com armas de fogo, mas revelavam sempre uma forma africana única de resolver problemas. Os seus grupos operavam invariavelmente em zonas onde a língua e o terreno lhes eram familiares. No seu início em 1966, existiam apenas oito “Flechas”, mas em 1974 eram mais de 1.000. No Norte de Angola existiram “Flechas” organizados com ex-prisioneiros de grupos nacionalistas reconvertidos.
Esta é a história da ascensão para a fama dos “Flechas”, com as suas inigualáveis qualidades de competência e eficácia como caçadores-guerreiros, mestres na utilização do terreno, características que lhes eram próprias pela sua ancestral vivência como caçadores-coletores, e que as souberam aplicar nas contingências próprias da guerra moderna nas matas africanas. O sucesso militar do conceito de utilização dos “Flechas” será copiado pelas forças armadas da África do Sul, pelo que será dramático mais tarde o quase-desaparecimento deste povo com a cessação geral do conflito em Angola e no Sudeste Africano nos finais de 1980. É uma narrativa histórica, e culturalmente importante, acerca do aproveitamento militar de um povo talentoso, dedicado e leal, que utilizado pelas suas qualidades únicas, foi igualmente dramaticamente traído por Portugal e pelos seus novos governos nacionais de Angola, Namíbia e África do Sul.
Sobre o Autor
John P. Cann, oficial-aviador da Marinha norte-Americana na reserva, fez parte do gabinete do Secretário Auxiliar da Defesa para Operações Especiais e Conflitos de Baixa Intensidade e, depois, do gabinete do Subsecretário de Estado da Defesa.
Doutorado em Estudos de Guerra pelo King's College, da Universidade de Londres, prestou serviço no Pentágono e no comando Ibérico da Nato, em Oeiras.
Continente:
0,000 até 0,999 kg - 4,20
1 kg até 4,999 kg - 4,40
5 kg até 9,999 kg - 4,70
10 kg ate 19,999 kg - 4,85
20 kg até 30 kg - 4,90
Ilhas:
0,000 até 1,999 kg - 10,07
2 kg até 4,999 kg - 11,37
5 kg até 9,999 kg - 13,90
10 kg até 19,999 kg - 21,78
20 kg até 30 kg - 28,53
Europa:
0,000 até 0,999 kg - 8,37
1 kg até 1,999 kg - 10,47
2 kg ate 2,999 kg - 17,57
3 kg até 3,999 kg - 21,26
4 kg até 4,999 kg - 24,95
Resto do Mundo:
0,000 até 0,999 kg - 15,27
1 kg até 1,999 kg - 24,45
2 kg ate 2,999 kg - 42,02
3 kg até 3,999 kg - 54,20
4 kg até 4,999 kg - 66,37
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